domingo, 1 de agosto de 2010

Vida Bella



O que me credencia a falar sobre sexo?


Esta frase está martelando na minha cabeça desde que o meu primeiro texto foi publicado aqui no blog. Comecei a pensar, na verdade eu estou sempre fazendo isso, não foi só agora... desculpem a piada infame. Voltando à frase, talvez a única resposta que eu tenha definitivamente aceitado, seja a minha experiência, ou melhor, minha história como mulher. Ela me credencia a falar sobre o assunto. E para que vocês entendam do que estou falando, vou contá-la aqui. Já passei por algumas situações engraçadas, outras embaraçosas e algumas constrangedoras mesmo, no entanto, vivi muitas histórias interessante, para não dizer excitantes. E espero que possam se divertir e poder concordar e discordar das minhas atitudes. Que algumas possam servir de exemplo e anti-exemplo. Bom isso é o que nos faz humanos, erros e acertos, certo? Bem, vou tentar contar aos poucos, em capítulos.

O começo de tudo

Na minha casa sexo nunca foi proibido, pelo contrário sempre fomos, eu e minha irmã, educadas de tal forma a tratar a nossa sexualidade como algo natural e normal. Eu me masturbo desde que tinha 10 anos, acho. Tenho lembranças de brincar de “casinha” com minha vizinha, uma menina um ano mais nova que eu, nunca chegamos a nos tocar, pelo que me lembro, mas fazíamos várias alusões a isso, era uma brincadeira e uma grande descoberta da sexualidade. Lembro de ter orgasmos deste que tinha uns 12 anos, nunca tive vergonha de me tocar e nem do meu corpo, embora os orgasmos fossem mais facilmente atingidos com minha "amiga almofada", que possuía um nó estrategicamente posicionado a me dar prazer, também os obtinha com a ajuda do chuveiro, até hoje o chuveirinho é bem vindo quando quero me proporcionar prazer "by myself ". Minha grande decepção, na pré adolescência, foi o dia que minha mãe deu minha almofada, ela deu minha “AMIGA” almofada! Fiquei alguns meses de luto por essa perda.

"ganhei de presente do dia dos
namorados um lindo blusão vermelho
e um pacote de camisinhas"

Embora não tivesse problemas em me proporcionar prazer, a minha relação com os meninos não era tão boa assim, sempre fui retraída com eles. Meu primeiro beijo aconteceu quando tinha 13 anos e até os meus 16 beijei uns 15 meninos no total, até que conheci um que era diferente, um que passou o ano todo juntando dinheiro para o carnaval na S.A.T. (sociedade dos Amigos de Tramandaí) pra quem não conhece é a “capital” litorânea gaúcha, se é que podemos afirmar que o RS tem litoral, enfim, para passar o rodo e me convidou pra ir junto. Esse guri, o primeiro, é assim que vou me referir a ele, foi de fato o primeiro a me tocar, até mão no bumbum nenhum outro tinha feito. E eu com 16 anos era tão curiosa. Ele morava na praia e eu na capital, mesmo depois do final do veraneio continuávamos nos escrevendo, e não pense que era por e-mail, era por carta mesmo! (me senti uma anciã neste momento). E nos ligando, foi tão mágico quando num domingo ele bate a minha porta, sem nunca ter ido a minha cidade. Ele queria algo sério, foi tão bonitinho! Começamos a nos ver umas duas vezes por mês. Então no dia 12 de junho de 1999 eu ganhei de presente do dia dos namorados um lindo blusão vermelho e um pacote de camisinhas!!!! A minha primeira vez, finalmente!!! Eu não seria a última a perdê-la! Por que a última a beijar eu tinha sido.

"...acredito que é de inteira responsabilidade femina
saber o que lhe dá prazer e como consegui-lo."

Foi horrível: o “primeiro” também era virgem, depois do coito em si, fui eu quem tive de consolá-lo. Ser uma mulher muito segura por vezes acaba com o romantismo. Ficamos juntos mais 5 meses, nos descobrimos, ele mostrou preocupação em aprender mais, em desenvolver-se nas artes sexuais, mas o fato é que nunca conseguiu prolongar uma erecção por mais de alguns minutos de penetração. Eu lembro que uma vez eu quase, quase "cheguei lá." Mas quando eu que estava por cima dele, como uma amazona, acelerei o ritmo o gozo dele foi inevitável. Mas e eu? Eu fiquei chupando o dedo. No entanto, nunca o responzabilizei pela falta de orgasmos, e nenhum outro parceiro, acredito que é de inteira responsabilidade femina saber o que lhe dá prazer e como consegui-lo. Afinal, meninas, se você não sabe como sentir prazer como exigir do outro isso? Foi uma pena não termos conseguido, ele merecia ter me proporcionado esse prazer. Não dúvido que atualemente ele seje um grande amante, ele tinha potencial! Com ele eu manchei o sofá da minha mãe com sangue, afinal nos víamos só duas vezes por mês e tínhamos que aproveitar as oportunidades, menstruada ou não, consegui limpar e ela nunca soube desse fato. A mãe dele nos pegou uma vez, agora é engraçado lembrar, mas na hora foi um pânico total ter que aturar piadinha sobre posições e pílulas o final de semana todo. Eu, no lugar dela, teria ficado orgulhosa do filho varão, teria aberto um champagne pra comemorar que meu filho deflorara a namoradinha. Mas mãe possessiva de filho único é uma chata! Foi uma pena que não tivemos uma despedida. Hoje, lembrando, meu tesão não era tão intenso, a curiosidade sim, enorme. Por muito tempo ainda gostei dele depois que acabamos. O fim foi inevitável, pela própria distância e por influência da mãe ciumenta que desde o flagra passou a me odiar. Acho que mais por recalque, que alguma mulher naquela casa estava sendo comida, do que zelo pela cria.

Cenas dos próximos capítulos: despedida de casada. Isso mesmo queridos a Bella aqui já foi casadinha na igreja como manda o figurino. Vou contar pra vocês nos próximos capítulos como foi despedida deste de casada, preparem os leques porque a temperatura vai subir.


Beijocas, Bella.

10 comentários:

Cristina de POA disse...

Hahaha
A sogrinha te pegou comendo o filho dela e vc queria o que? Tá aí uma coisa que eu não queria ter passado. Imagina a mãe do meu marido me pegando com a boca na butija. Nem pensar!!!!!!

Gil disse...

Beijou aos 13 e ainda diz que foi a última a beijar? Com que idade queria, com 10?

Ps- é vc na foto? uhuuu

Sexo Verbal disse...

Mulher é um ser muito sofredor e, sem ofender, complicado! Já fiz meu pedido desde já: quero continuar vindo ao mundo na forma de homem, por muitas e muitas vidas!

Gostei do texto.
Enfil

Bella disse...

Gil, sim são meus na foto! E o que é melhor não paguei por eles!

Enfil, não entendi o comentário, porque somos sofredoras e complicadas?

Beijos

Sexo Verbal disse...

Ah, nem esquenta. Idéia minha. Não sei de onde tirei, mas acho que mulher sofre muito. Ser homem é mais fácil.

Thaís disse...

O Enfil deve estar falando no esquema de menstruar, a questão da virgindade, o parto, criar filhos, TPM, menopausa e tudo mais. Em parte concordo, mas ser mulher é ótimo também! E se gerar filhos fosse função dos homens, a raça humana já teria acabado. Qualquer dorzinha e fazem um drama!!!!

Bella disse...

Já cogitei inúmeras vezes que preferia ter nascido homem. Pela liderdade, independência, objetividade masculina. Pelo carinho que recebem. Porém nos últimos anos aprendi o real valor de ser mulher, que posso ser ter tudo o que admiro no mundo masculino. E ainda por cima ser feminina me cuidar e não ser chamada de gay!

Hoje não trocaria o fato de ser mulher por nada!!!

Beijocas

Valentina disse...

Muitas histórias pra contar, pelo visto... rsrs

Eu queria muito ter nascido homem. Mas meu pai me sacaneou e me deu um cromossomo X.

Beijo!

Preta disse...

Queria ser homem só pra saber como é emocionante coçar o saco. Estou esperando o resto da história da Bella. Não esconda nada!

Diego Paz disse...

Estou curioso pra saber como foi a despedida de solteira. Parabéns pelo texto e também pelo anterior. Acho que o uso desmedido de remédios, muitas vezes sem necessidade, assim como a falta de cuidados com a saúde (sexual, no caso), produzem micro-organismos cada vez mais violentos.

Abço para todos!