Meu nome é Lucy (nome fictício), sou paulista de Santo André, moro em Salvador desde o ano passado, tenho 20 anos e sou lésbica. Tenho uma relação como uma menina de 22 anos e estamos atravessando um período muito conturbado, com brigas e discussões quase que constantes, sendo que por trás disso tudo está a postura dela na cama.
Estudando o comportamento de casais (independente da opção sexual) ao longo do tempo, acabei concluindo que a atitude passiva e a atitude ativa sempre existiu dentro do relacionamento, principalmente até meados dos anos 80. Porém, de lá para cá, tenho observado que essa rigidez comportamental com relação a “quem faz o que” vem se diluindo e parece não haver mais papéis muito bem definidos na hora do sexo.
Trocando idéias com gays e lésbicas, pude confirmar minhas suspeitas, pois a maioria diz que são ativos e também passivos, dependendo da conveniência ou mesmo da vontade. Claro, no meio em que freqüento, existem lésbicas masculinizadas que se posicionam como a parte ativa da relação e não abrem mão disso. Mas esse não é o meu caso. Sou muito feminina, minha namorada é modelo e isso nos afasta de qualquer estereótipo. Só os mais chegados sabem da nossa opção sexual. Nos conhecemos em janeiro desse ano (2010) em um desfile onde trabalhei (sou fotógrafa). Fizemos outros trabalhos juntas em eventos e logo pintou uma aproximação.
Quando começamos a ter relações, notei que ela nunca tomava a iniciativa de me chupar. Com o passar do tempo, criei coragem e pergunte a ela se havia algum problema com isso. Para minha surpresa, ela respondeu “que algumas coisas ela não fazia”. Até hoje isso me deixa confusa, pois uma atitude dessas seria mais sensata vindo da boca (desculpem o trocadilho) de um homem e não de uma mulher.
Mais uma vez, fui ter com meus amigos gays, na esperança de obter uma resposta que me acalmasse os ímpetos. Depois de horas trocando idéias, chegamos a conclusão de que alguns homens não chupam suas parceiras por entenderem que a submissão é papel reservado para a mulher, sem falar na questão idiota do nojo que alguns dizem sentir. O mais ridículo disso tudo, e também revoltante, é que todos gostam de um bom boquete, mas na hora de inverter os papéis, agem como verdadeiros trogloditas machistas. Depois levam um lindo par de chifres e não sabem o motivo.
Depois de uma de nossas brigas, finalmente ela me prometeu que iria me chupar, mas que talvez isso levasse algum tempo, visto que, para ela, era algo novo. Fiquei quieta, não queria estragar o que parece ser uma pequena conquista. Até agora não rolou nada e muitas vezes penso que ela está adiando. Mas, enfim, darei a ela esse crédito.
Acredito que só o amor que sinto por minha namorada é o que me mantém. Não fosse isso, já teria dado o fora. Vejo minhas amigas, todas felizes, chupando e sendo chupadas sem o menor estresse. Seria pedir muito? Afinal, o que se passa na cabeça dessa moça? Pode uma lésbica não gostar de fazer sexo oral na parceira? Para que serve esse egoísmo todo?
Portanto, se esse texto está sendo publicado, significa que ainda não recebi o que me prometeram, infelizmente. De qualquer forma, quero agradecer a todos da equipe do Sexo Verbal pela oportunidade que me concederam, a Valentina, (que teve muita paciência comigo) e também desde já antecipar agradecimentos aos que se derem o trabalho de comentar.
Estudando o comportamento de casais (independente da opção sexual) ao longo do tempo, acabei concluindo que a atitude passiva e a atitude ativa sempre existiu dentro do relacionamento, principalmente até meados dos anos 80. Porém, de lá para cá, tenho observado que essa rigidez comportamental com relação a “quem faz o que” vem se diluindo e parece não haver mais papéis muito bem definidos na hora do sexo.
"...alguns homens não chupam
suas parceiras por entenderem
que a submissão é papel
reservado para a mulher."
suas parceiras por entenderem
que a submissão é papel
reservado para a mulher."
Trocando idéias com gays e lésbicas, pude confirmar minhas suspeitas, pois a maioria diz que são ativos e também passivos, dependendo da conveniência ou mesmo da vontade. Claro, no meio em que freqüento, existem lésbicas masculinizadas que se posicionam como a parte ativa da relação e não abrem mão disso. Mas esse não é o meu caso. Sou muito feminina, minha namorada é modelo e isso nos afasta de qualquer estereótipo. Só os mais chegados sabem da nossa opção sexual. Nos conhecemos em janeiro desse ano (2010) em um desfile onde trabalhei (sou fotógrafa). Fizemos outros trabalhos juntas em eventos e logo pintou uma aproximação.
Quando começamos a ter relações, notei que ela nunca tomava a iniciativa de me chupar. Com o passar do tempo, criei coragem e pergunte a ela se havia algum problema com isso. Para minha surpresa, ela respondeu “que algumas coisas ela não fazia”. Até hoje isso me deixa confusa, pois uma atitude dessas seria mais sensata vindo da boca (desculpem o trocadilho) de um homem e não de uma mulher.
"Pode uma lésbica não
gostar de fazer sexo oral na parceira?"
gostar de fazer sexo oral na parceira?"
Mais uma vez, fui ter com meus amigos gays, na esperança de obter uma resposta que me acalmasse os ímpetos. Depois de horas trocando idéias, chegamos a conclusão de que alguns homens não chupam suas parceiras por entenderem que a submissão é papel reservado para a mulher, sem falar na questão idiota do nojo que alguns dizem sentir. O mais ridículo disso tudo, e também revoltante, é que todos gostam de um bom boquete, mas na hora de inverter os papéis, agem como verdadeiros trogloditas machistas. Depois levam um lindo par de chifres e não sabem o motivo.
Depois de uma de nossas brigas, finalmente ela me prometeu que iria me chupar, mas que talvez isso levasse algum tempo, visto que, para ela, era algo novo. Fiquei quieta, não queria estragar o que parece ser uma pequena conquista. Até agora não rolou nada e muitas vezes penso que ela está adiando. Mas, enfim, darei a ela esse crédito.
Acredito que só o amor que sinto por minha namorada é o que me mantém. Não fosse isso, já teria dado o fora. Vejo minhas amigas, todas felizes, chupando e sendo chupadas sem o menor estresse. Seria pedir muito? Afinal, o que se passa na cabeça dessa moça? Pode uma lésbica não gostar de fazer sexo oral na parceira? Para que serve esse egoísmo todo?
Portanto, se esse texto está sendo publicado, significa que ainda não recebi o que me prometeram, infelizmente. De qualquer forma, quero agradecer a todos da equipe do Sexo Verbal pela oportunidade que me concederam, a Valentina, (que teve muita paciência comigo) e também desde já antecipar agradecimentos aos que se derem o trabalho de comentar.
"Palavra de mulher"
Colaboradora: Lucy
Colaboradora: Lucy