quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cadê a mulherada de verdade?

Pra quem me acompanha no meu blog sabe que meus pais estão se separando. E há alguns dias, em uma conversa muito franca com o meu pai, ele falou que estava buscando outras coisas, novas coisas para experimentar. Questionei se a minha mãe não poderia descobrir tais coisas novas junto com ele e ele disse que não, justamente por ser pudica demais.

Pô, mas como assim? Eles estão juntos há um pouco mais de 23 anos e ela ainda é “travada”? Eles não têm liberdade a ponto de mandar um SMS com elogios mais safados? Ela não tem liberdade para ser uma puta na cama, ao lado do homem da vida dela?

Fiquei estarrecida, confesso, e isso foi motivo de discussão com a minha mãe depois. Durante esses dias venho pensando e, em algumas conversas com amigas próximas e putonas na cama, cheguei à conclusão de que nós somos normais. Sim, normais! Mulheres envergonhadas a este ponto é que devem ter algum tipo de problema.

Minha mãe sempre questiona o lado do homem não ser carinhoso na cama e parece que o cara não é carinhoso na mesma proporção em que a mulher não se solta, não se torna uma puta. Ele busca tanto sacanagem, ela busca tanto amor na hora do sexo que no meio do caminho acabam se desencontrando. E não que eu pense que a mulher deve ser puta toda vez que for transar, diferente do homem que (geralmente) está mais aberto a esse tipo de relação. Agora, que mulher gosta de homem bobo na cama? Elas gostam dos safados, que falam o quanto elas são gostosas, que dão aquelas encoxadas enquanto elas estão fazendo alguma coisa, escovando os dentes ou sei lá o quê!

Daí me pergunto: é à toa que homem trai a parceira que mais parece ser virgem? Não é uma justificativa, claro, mas tenho uma porrada de amigos que dizem trair as namoradas por conta desse pudor sobrando na cama. Não é falta de amor, e sim de cumplicidade, de troca entre quatro paredes. E quando eles partem para outro relacionamento as mulheres não entendem e falam “ele me trocou por aquela baranga, como?”, mas são incapazes de entender que apenas um corpinho bonito não faz sexo gostoso. E os homens têm vontade de dizer como resposta, segundo um amigo, “mas ela me chupa e rebola como ninguém”.

Hoje há muitos recursos, sex shop não é um tipo de lugar difícil de encontrar, a internet está cheia de ideias diferentes e bacanas, as pessoas estão mais abertas a comentar sobre isso... Então por que continuar trancada nesse mundinho particular achando que fazer sexo anal, levar um tapinha na bunda, falar uma besteirinha no pé do ouvido do seu parceiro é coisa de puta? Puta, e não garota de programa – há uma diferença grotesca entre as duas coisas.

Enquanto existir mulheres que não saibam se soltar e dar ao marido/namorado o que ele quer, eles continuarão procurando fora, as garotas de programa que são pagas para serem putas. 


P.S. é claro que existe homem que acha que xingar, dar um tapinha, puxar os cabelos etc é coisa que não se faz com uma mulher, mas acredito que estes quase não existem.


"Palavra de mulher"
Colaboradora: Jaque
Blog: À Deriva

domingo, 1 de agosto de 2010

Vida Bella



O que me credencia a falar sobre sexo?


Esta frase está martelando na minha cabeça desde que o meu primeiro texto foi publicado aqui no blog. Comecei a pensar, na verdade eu estou sempre fazendo isso, não foi só agora... desculpem a piada infame. Voltando à frase, talvez a única resposta que eu tenha definitivamente aceitado, seja a minha experiência, ou melhor, minha história como mulher. Ela me credencia a falar sobre o assunto. E para que vocês entendam do que estou falando, vou contá-la aqui. Já passei por algumas situações engraçadas, outras embaraçosas e algumas constrangedoras mesmo, no entanto, vivi muitas histórias interessante, para não dizer excitantes. E espero que possam se divertir e poder concordar e discordar das minhas atitudes. Que algumas possam servir de exemplo e anti-exemplo. Bom isso é o que nos faz humanos, erros e acertos, certo? Bem, vou tentar contar aos poucos, em capítulos.

O começo de tudo

Na minha casa sexo nunca foi proibido, pelo contrário sempre fomos, eu e minha irmã, educadas de tal forma a tratar a nossa sexualidade como algo natural e normal. Eu me masturbo desde que tinha 10 anos, acho. Tenho lembranças de brincar de “casinha” com minha vizinha, uma menina um ano mais nova que eu, nunca chegamos a nos tocar, pelo que me lembro, mas fazíamos várias alusões a isso, era uma brincadeira e uma grande descoberta da sexualidade. Lembro de ter orgasmos deste que tinha uns 12 anos, nunca tive vergonha de me tocar e nem do meu corpo, embora os orgasmos fossem mais facilmente atingidos com minha "amiga almofada", que possuía um nó estrategicamente posicionado a me dar prazer, também os obtinha com a ajuda do chuveiro, até hoje o chuveirinho é bem vindo quando quero me proporcionar prazer "by myself ". Minha grande decepção, na pré adolescência, foi o dia que minha mãe deu minha almofada, ela deu minha “AMIGA” almofada! Fiquei alguns meses de luto por essa perda.

"ganhei de presente do dia dos
namorados um lindo blusão vermelho
e um pacote de camisinhas"

Embora não tivesse problemas em me proporcionar prazer, a minha relação com os meninos não era tão boa assim, sempre fui retraída com eles. Meu primeiro beijo aconteceu quando tinha 13 anos e até os meus 16 beijei uns 15 meninos no total, até que conheci um que era diferente, um que passou o ano todo juntando dinheiro para o carnaval na S.A.T. (sociedade dos Amigos de Tramandaí) pra quem não conhece é a “capital” litorânea gaúcha, se é que podemos afirmar que o RS tem litoral, enfim, para passar o rodo e me convidou pra ir junto. Esse guri, o primeiro, é assim que vou me referir a ele, foi de fato o primeiro a me tocar, até mão no bumbum nenhum outro tinha feito. E eu com 16 anos era tão curiosa. Ele morava na praia e eu na capital, mesmo depois do final do veraneio continuávamos nos escrevendo, e não pense que era por e-mail, era por carta mesmo! (me senti uma anciã neste momento). E nos ligando, foi tão mágico quando num domingo ele bate a minha porta, sem nunca ter ido a minha cidade. Ele queria algo sério, foi tão bonitinho! Começamos a nos ver umas duas vezes por mês. Então no dia 12 de junho de 1999 eu ganhei de presente do dia dos namorados um lindo blusão vermelho e um pacote de camisinhas!!!! A minha primeira vez, finalmente!!! Eu não seria a última a perdê-la! Por que a última a beijar eu tinha sido.

"...acredito que é de inteira responsabilidade femina
saber o que lhe dá prazer e como consegui-lo."

Foi horrível: o “primeiro” também era virgem, depois do coito em si, fui eu quem tive de consolá-lo. Ser uma mulher muito segura por vezes acaba com o romantismo. Ficamos juntos mais 5 meses, nos descobrimos, ele mostrou preocupação em aprender mais, em desenvolver-se nas artes sexuais, mas o fato é que nunca conseguiu prolongar uma erecção por mais de alguns minutos de penetração. Eu lembro que uma vez eu quase, quase "cheguei lá." Mas quando eu que estava por cima dele, como uma amazona, acelerei o ritmo o gozo dele foi inevitável. Mas e eu? Eu fiquei chupando o dedo. No entanto, nunca o responzabilizei pela falta de orgasmos, e nenhum outro parceiro, acredito que é de inteira responsabilidade femina saber o que lhe dá prazer e como consegui-lo. Afinal, meninas, se você não sabe como sentir prazer como exigir do outro isso? Foi uma pena não termos conseguido, ele merecia ter me proporcionado esse prazer. Não dúvido que atualemente ele seje um grande amante, ele tinha potencial! Com ele eu manchei o sofá da minha mãe com sangue, afinal nos víamos só duas vezes por mês e tínhamos que aproveitar as oportunidades, menstruada ou não, consegui limpar e ela nunca soube desse fato. A mãe dele nos pegou uma vez, agora é engraçado lembrar, mas na hora foi um pânico total ter que aturar piadinha sobre posições e pílulas o final de semana todo. Eu, no lugar dela, teria ficado orgulhosa do filho varão, teria aberto um champagne pra comemorar que meu filho deflorara a namoradinha. Mas mãe possessiva de filho único é uma chata! Foi uma pena que não tivemos uma despedida. Hoje, lembrando, meu tesão não era tão intenso, a curiosidade sim, enorme. Por muito tempo ainda gostei dele depois que acabamos. O fim foi inevitável, pela própria distância e por influência da mãe ciumenta que desde o flagra passou a me odiar. Acho que mais por recalque, que alguma mulher naquela casa estava sendo comida, do que zelo pela cria.

Cenas dos próximos capítulos: despedida de casada. Isso mesmo queridos a Bella aqui já foi casadinha na igreja como manda o figurino. Vou contar pra vocês nos próximos capítulos como foi despedida deste de casada, preparem os leques porque a temperatura vai subir.


Beijocas, Bella.